segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pe. José de Anchieta (1534-1597)

José de Anchieta, o mais importante dos jesuítas que estiveram no Brasil, nasceu na ilha de Tenerife, uma das ilhas Canárias, em 19 de março de 1534. Após estudar em Coimbra, Portugal, ingressa na Companhia de Jesus em 1551.

Dois anos depois, ainda noviço, vem para o Brasil na comitiva de Duarte da Costa, segundo governador geral, com o intuito de catequizar os índios. Em 25 de janeiro de 1554, funda, com Manuel da Nóbrega, um colégio em Piratininga. Aos poucos se forma um povoado ao redor do colégio, batizado por José de Anchieta como São Paulo. Algum tempo depois, é enviado a São Vicente, onde aprendeu a língua tupi.

Em 1563, foi refém, durante cinco meses, dos índios tamoios. Nesse período escreve o poema em latim "De Beata Virgine Dei Matre Maria" e vários autos religiosos. Já doente muda-se para o Espírito Santo, onde morre aos 63 anos, na cidade de Reritiba, atual Anchieta. Em 1980, foi beatificado pelo papa João Paulo II.

José de Anchieta escreveu um número muito grande de autos, cartas e poesias de cunho religioso. Além disso, resultante do seu trabalho de catequese, escreveu Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, primeira gramática da língua tupi-guarani. A poesia escrita por José Anchieta está impregnada de conceitos morais, espirituais e pedagógicos. Por isso, sua linguagem é simples, apesar de ser escrita em redondilhas menores (cinco sílabas poéticas).

Os vários autos de Anchieta têm um valor literário muito menor do que sua poesia. De caráter extritamente pedagógico, esses autos foram escritos em português e em tupi, dependendo do grau de compreensão do publico a ser catequizado. Além disso, esses autos, ainda presos modelo medieval deixado por Gil Vicente, misturam a moral religiosa católica aso costumes dos índios e se materializam nas figuras de anjos ou demônios, pólos do Bem e do Mal.

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